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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A EVOLUÇÃO DAS MINHAS PINTURAS

O COMEÇO

Quando comecei a pintar, as tintas já haviam sido compradas três anos antes e minha coleção já estava completado uns 7 anos. Por tempos achei que nunca iria pintar figura alguma, pois me achava mesmo sem habilidade para isso. Quem me incentivou foi o Marco Leandro (www.mlantiguidades.com.br), a quem conhecia somente pela internet, das trocas de e-mail, até o dia em que fui a sua casa, lá em Esteio. Foi ele quem me levou para comprar as primeiras tintas.

A primeira figura que pintei, foi há cerca de três anos. Usei um cowboy da Jean Hoeffler, logo seguido de outros cowboys e índios. Foi assim, de primeira, sem nenhuma técnica, apenas caprichando nos contornos. As bases, normalmente verdes nas figuras pintadas de fábrica, pintei de marrom cor de areia do deserto, de poeira, pois faziam bem a transição de um solo para outro, ou do piso de areia de uma possível cidade cenário. As cores eram bem claras, básicas, e, na época, não usava lupa e minha visão já estava ficando ruim.


Dá pra notar pequenas falhas nas junções da bota com a calça ou com o piso.


Neste, pintado logo a seguir, há menos falhas.



Esta é do tempo em que comecei com a lupa, o que facilita os detalhes. Nessa época eu já precisava de óculos.

Depois de pouco tempo, comecei a pintar os olhos das figuras. Havia assistido um vídeo no youtube e isso facilitou a pintura. O vídeo ainda pode ser assistido em https://youtu.be/GIzxQP2XxlY. É de autoria de Dave Yongquist, que tem outros no Youtube, como esse https://youtu.be/XId1Mlxb5fM.
Logo eu estava pintando os olhinhos das figuras. Entretanto, nunca corrigi as primeiras.


Acima e abaixo, os primeiros índios com olhos, ambos da Jean Hoeffler.



AS CORES

Uma coisa que dava trabalho era misturar as primeiras tintas, que eu tinha nas cores primárias, basicamente. Assim, o marrom da pele dos índios era o marrom com branco, misturado no "olhômetro". Muitas figuras são mais claras ou mais escuras, dependendo da "fornada". A pele branca era uma trabalheira, porque não bastava ser clara, tinha que ser rosada, Mas bastava um marrom bem clarinho e uma pitada de vermelho. No começo pintava uma a uma, depois duas ou três. Levou tempo para pintar séries maiores, o que ocorreu quando troquei umas Austin Miniatures com o Rovilson Raimundo.


As primeiras tintas, da Mercur, numa figura Atlantic copiada pelo mestre Marco Leandro.
As Decorfix vieram logo depois na cores metálicas. Pretendo substituir por acrílicas normais, do tubo tipo pasta de dente ou por uma de melhor qualidade.


Figuras Austin. Perfeição.


Olhos de Anjo da Austin Miniatures, personagem de Clint Eastwood na trilogia de Sérgio Leone: Por Um Punhado de Dólares, Por uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito.


Cowboys Austin do Rovilson. Esses eu caprichei.

Com o passar do tempo, além de novas cores, novas tintas. As Mercur começaram a ser substituídas por Corfix, Decorfix e Acrilex. Gostaria de usar as Valejo (acrílicas), mas importá-las é chato e custoso. Vou passando bem aqui com as nacionais. 

CUSTOMIZAÇÃO

Como tenho muitas figuras repetidas, resguardei algumas das trocas para customizar. A figura abaixo é Jean Hoefler. Extraí o rifle e coloquei lança e escudo. depois foi pintar. Além dela tenho outras Gulliver que, com ajuda de um soprador térmico, dobrei membros para fazer novas poses.
Abri uma página no Facebook com o nome de Pintados a Mão e Personalizados (Hand Painted and Custom), onde podem ver outras pinturas e acompanhar outros pintores.


Índio da Jean Hoeffler.


Aqui com a lança e o escudo.


Depois de pronto.



A TÉCNICA SENDO APURADA

Mais tempo foi passando, e comecei a tentar dar uma "sujada" nas roupas. Precisava dar um pouquinho de realismo, então passei a fazer sombras com o marrom aguado e pincel fino. Aos olhos acrescentei os cílios, e sobrancelhas para dar expressão. Não exatamente nessa ordem. A sobrancelhas eram relativamente fáceis, mas os cílios, ah, esses ainda são  difíceis. É preciso um pincel 00, de preferência passado em tinta e seco, para afilar bem. Descobri recentemente os pinceis da Humbrol (https://youtu.be/YpSzU0SczeM), os quais pretendo adquirir algum dia desses.

Os detalhes sombreados ainda facilitam outro aspecto da pintura, a correção de defeitos nas junções das cores, de uma peça de roupa para outra, da roupa para a pele e outros. O marrom aguado dá ainda contornos aos dedos, que parecem mais separados. Apesar de ter começado a usar essa técnica sem ter aprendido com ninguém, ela é bastante usada. Veja em https://youtu.be/Qv5LkcIX3g8 .


Alguns índios eu não cubro com tinta, deixando na cor da peça, como esse Cherilea.


Cavalo Louco, da TSSD. A figura era cor de creme. Foi toda pintada. Nessa fase eu já começo a acrescentar detalhes como expressão no olhar e toques nas roupas.


Figura Pech-Hemanos já da fase com olhos com cílios e sobrancelhas.


Nem sempre predomina o cabelo preto. Esta figura Tim Mee tem o cabelo acinzentado.


Figura Pech-Hermanos com detalhes no olhos e sobrancelhas. Já aqui começam as bases com vegetação. Outra coisa que comecei a fazer foi dar tons mais escuros às roupas dos soldados.




Nas fotos acima e abaixo, as últimas pinturas em figuras TSSD em "poses casuais". Aqui começam os detalhes de roupas, com pequenos tracejados e desenhos.




Na mesma linha de "poses casuais" da TSSD, os soldados do Last Stand de Custer. Aqui as roupas são mais escuras, sendo as caças dos soldados em azul claro com um pouco de preto mal misturados.


Minhas últimas pinturas antes deste post. Cowboy Tim Mee e "garoto" desconhecido.

A PINTURA EM SI

Para pintar figuras plásticas e necessário limpar bem a peça lavando-a com detergente ou outro produto mais forte como a famosa "Kiboa" (água clorada). Em seguida arranhar bem com uma escova de aço. Eu não gosto de lixar porque levanta muitas farpas do plástico. Depois de seca pintar com um primer, cobrir com as tintas e verniz fosco. Com exceção do primer, tudo que uso é tinta acrílica. Porém, quando pinto sangue na peça uso acrílica brilhante por cima do verniz de acabamento.