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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

RESTAURAÇÃO DO COWBOY CASABLANCA DO CARLOS

Há bastante tempo que o Carlos havia mandado um cowboy precisando ser restaurado. Confesso que quando ele chegou eu me assustei, pois estava em péssimas condições. Então deixei ele lá, descansando, para que quando estalasse a ideia do procedimento certo eu o consertasse.

O tempo foi passando e foi crescendo o medo de eu não poder mais restaurá-lo como devia ser feito. Não bastava encher de Durepox e ir lixando. Tinha que ser algo a altura do valor da figura. Por isso foi demorando cada vez mais. Então, na semana passada, comecei a ver as restaurações do Jamar Muniz. E aí a inspiração, junto com a vontade e a própria cobrança, me fizeram ir até a oficina e começar.

Aliás, começar é fácil, dar continuidade é outra coisa. A ideia era, desde o começo, usar um rifle de plástico. Então fiquei procurando por um cano com culatra por um tempo. Como não achei, resolvi que teria que ser feito. Outro problema seria a fixação dos pés e base. O pés de Durepox (não vamos mais usar isso, ok, explico lá embaixo) e base do mesmo material deram lugar a uma base de plástico. Usei um pedaço de tambor que tenho para transportar gasolina no barco.

A fixação da base na figura devem ser feita com arame de aço, aço inóx. Isso para não haver posterior oxidação e expansão do ferrugem, como acontece em moldados de concreto armado. Isso eu observo com frequência em figuras que eu tenho e que foram "consertadas" sem muito esmero ou falta de técnica. Esse arame deve ser lixado ou esmerilhado para fundir-se a peça onde vai ser inserido. Não pode estar liso.

Um ponto importante é que eu não furo para introduzir o arame. Sim, faço isso fundindo ele no interior da peça. Eu tenho atualmente um pirógrafo para fazer isso, mas vou fazer também várias pontas para ferros de solda e colocar um controlador de tensão neles. Um dimer, desses que se coloca para controlar a luminosidade das lâmpadas da casa. Essas pontas devem ser de aço inox, que por si só já aquecem menos que o latão ou cobre, além de não sofrerem desgaste.

Feita a ressalva do equipamento, vamos a confecção e moldagem das peças. O rifle foi cortado de um pedaço de plástico previamente testado quanto a capacidade de retração e termofusão. As figuras não são compatíveis com qualquer plástico, então, ou se testa ou se conta com a sorte. A figura foi desgastada onde foi preciso e o rifle introduzido. A mão que apóia o cano foi reconstruída a partir do pino de inox introduzido no punho. A "mão" foi sendo colocada em pedacinhos com a ponta do pirógrafo. Corta aqui e cola ali. Foi assim que  coloquei a massa de mira na ponta do cano. Não ficou melhor por causa da temperatura excessiva e ponta do pirógrafo. 

Quando a colocação dos pinos, como já falei, tem que ser feita com termofusão. Abri um rasgo com a ponta do pirógrafo e introduzi o arame. A posição correta do pino foi resolvida colocando a ponta do pirógrafo em cima e aquecendo o arame dentro do plástico. Isso faz com que pino fique bem preso, ao contrário da introdução por perfuração. Pode-se aquecer o pino numa chama, mas é bem chato e difícil de fazer. Recomendo um ferro de solda de 30 watts com o dimer para isso.

Bom, por último, a questão do durepox. Não uso mais porque fiquei sabendo que  tem mais mistura de pó do que resina. Assim indico o poxipol, que segundo o fabricante tem só 17% de resíduos para mistura e 83% de resina epoxi. Por enquanto vou continuar a usar produtos desta marca., como a poxilina.



Figura em péssimo estado.

Inserção dos pinos para a base e pés.

Montagem da base por termo fusão.

Figura reconstruída.
O rifle é mais comprido que o original. Optei por se tratar de uma figura restaurada, além de um gosto pessoal por armas mais longas. Além disso, dois cowboys são agora diferentes entre si.

Aqui pintado e comparado a figura Reamsa original. Minha visão há muito não é a mesma e dependo de lupa (com qual não consigo me adaptar) para alguns reparos. Assim, faltou o dedo indicador no gatilho.





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CUSTOMIZAÇÃO

Pois então, cá estava eu com dois índios iguais e queria vender ou trocar um. Como não apareceu interessado resolvi criar mais um para a coleção, o que foi bem mais proveitoso. Podem ver o resultado nas fotos, mas vamos a uma descrição.

Primeiro retirei o rifle da mão direita e com cuidado raspei até o limite das penas. Então com um ferro de solda com ponta de aço inox (menos difusão de calor),  refiz as linhas dos fiapos delas. Dei uma amenizada também nos cortes onde retirei o rifle da mão.

A mão esquerda eu dei uma ajeitada para ele ficar segurando a alça do escudo. Dei uma afundada na palma e ajeitei com o ferro de solda. Fiz então um furo em cada uma usando broca de 1 mm e passando uma mais grossa feita de fio de aço com a ponta achatada e afiada.
     
O escudo tirei praticamente pronto de uma caixinha de luz, dessas de embutir na parede, feita de PVC. Para as alças eu usei fios de cabo de telefone na cor preto, mas tive que pintar novamente, já que a tinta da pele cobriu eles. Então passei o braço por dentro da alça e passando por furinho feitos no escudo, retorci o arame sem a capa do outro lado. Com o ferro de solda eu empurrei o retorcido para dentro do escudo e passei uma massa para igualar.

A lança eu fiz com um pau de bandeira da DSG Argentina, onde uma sobra de plástico para dar sustentação à bandeira foi cortada para fazer a pena. A ponta foi feita com o que sobrou da coronha do rifle. Fiz um furo e fui esmerilhando até dar a forma. Esquentei a ponta da haste e introduzi na ponta para colar por termofusão. Fiquei com medo de não colar com Ciano. Amarrei também linhas para dar o ar de suporte e amarras da pena e lâmina da lança.

Pronto, foi só pintar e envernizar. O resultado está aí. Falta uma foto do outro lado, pois estou fazendo ainda um adereço para o escudo. Espero que gostem. 




        
        
         

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

CONHECEM?

           Eu estava procurando umas imagens na internet e vi essa foto aí. Dizia ser Elastolin. É igual ao Escalador, da Gulliver. Mas notem a perna mais dobrada permitindo uma sustentação. Interessante é que a Atlantic também tem uma parecida, mas ele monta um cavalo em queda para a frente. Quanto a este, nota-se que a machadinha e faca são mais bem feitas, além dos pés, maiores.



NOVOS "INDIANER" PINTADOS ESTA SEMANA

        Acabei ontem a noite mais uma série pinturas nos meus Sioux. Desta vez os fiz com olhos abertos, exceto o que está ferido. Acho que vou melhorar, mas ainda tenho que praticar mais. Nestes eu dei uma sujada nas roupas e escureci o vermelho das faixas de cabelo.






terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DEPOIS DE UM ANO...

Há tempos comprei uns itens Britains nos EUA e por problemas de envio para o Brasil, mandei para a casa da irmã de um amigo meu. Ele os trouxe semana passada e agora compartilho com vocês. São blisters da Britanis da década de 1990, segundo o ex-dono. Não posso precisar isso, infelizmente. São figuras feitas na China, com base de metal, sob licença, mas que não possuem a perfeição da pinturas atuais. Pensei até que pudessem ser falsos, mas junto vieram uns catálogos que mostram eles com essa pintura tosca mesmo. Vou ficar com a maior parte deles, tendo o cuidado de abrir sem danificar muito o pacote. Vai sobrar este da foto, e se alguém se interessar por uma troca, sinta-se a vontade. Também veio uma revista sobre como viviam os índios das planícies. Vou tirar umas fotos e postar aqui para que sirvam de inspiração para pinturas dos set. Qualquer dúvida queiram entra em contato por e-mail ou formulário.




Acima e abaixo um blister lacrado para troca.




Acima uma parte do catálogo onde vemos um forte e duas das três casinhas da cidade de faroeste da Britains.







EXPOSITOR PARA FIGURAS E CENÁRIOS

Eu estou há tempos para mostra para vocês um jeito prático de montar um expositor para as figuras e até mesmo montar algum cenário. Este da foto, e o segundo que eu mesmo construí. Passo a vocês como ele pode ser feito.



MATERIAL

Usei dois pedaços de pernas de serra de 6 X 12 cm para as laterais e duas tábuas de 16 cm de largura por 2,5 de espessura. Não é preciso obedecer essas medidas, mas as tabuas tem que ser mais largas que as das laterais. As madeiras fora aproveitadas de uma demolição.

FERRAMENTAS

Serra de mão ou mesa ou serrote bem afiado, esquadro, lápis, formões, furadeira e brocas, plaina, lixas ou lixadeira de cinta ou de disco para furadeira, paciência, muita paciência.

PASSO A PASSO - Construção e fixação

Corte as laterais de 6 x 12 no tamanho desejado (aqui de 80 cm). Depois as tábuas na largura desejada (aqui de 80 cm). Una as laterais com as partes superior e inferior para dar o formato de caixa. Aparafuse sem usar cola (não use pregos). Verifique se está no esquadro ao apertar (use um esquadro grande ou uma porta de armário) e reaperte. Se ela não esquadrejar, afrouxe os parafusos um pouco e deixe assim até colocar o vidro. Montada a estrutura é hora das prateleiras: podem ser de vidro ou de madeira, como as minhas, que fiz com tabuinhas de 1 cm de espessura, usando um forro de casa. Assoalho de madeira usado, ou aqueles novos de lâminas também ficam legais. Monte essa prateleiras na disposição adequada ao seu gosto usando como apoio pinos feitos ou comprados em lojas de artigos para móveis.



Agora vamos ver a fixação. Existem vária maneiras de fixar e vários fixadores que você encontra também nas loja especializadas. Eu fiz os meus escariando a parte detrás da estante (foto acima) e colocando duas placas com três parafusos e um rasgo para a cabeça do parafuso entrar e prender. Tipo os engates de relógio de parede, onde a cabeça do parafuso entra por um furo maior e encaixa num menor. Use parafuso de cabeça de embutir e bucha expansiva para tijolo vazado nº 10. O uso deste parafuso permite que a estrutura de madeira fique bem colada à parede, pois o formato da cabeça faz com que o suporte sofra um auto aperto.





Após colocar na parede e verificar o "esquadro", meça o vidro. Ele vai de cima até embaixo na altura total, por dentro da moldura, mas sobra nas laterais. Isso porque ele vai ser preso ali  por uma cantoneira de madeira ou outro suporte adequado. No meu caso eu cortei as cantoneiras com 2,5 cm de largura para sobrepor, sem folga, o vidro de 6 mm. Prendi elas com dois parafusos cada.

É preciso tomar cuidado ao manusear o vidro, pois ele é pesado. É se você o segurar com as mão para colocar, ele ficará marcado com digitais e gordura das mãos. Use uma ventosa de vidraceiro. Uma dupla custa em torno de R$ 35,00 (foto). Assim que for possível eu faço um vídeo deste processo.




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CUSTOMIZAÇÃO - JOSÉ AMÉRICO

Nada melhor do que as próprias palavras do autor:

"Sabe aqueles soldados que mandei foto?  Procurei fazer tudo de forma mais simples,econômica e prosaica possível. Comprei-os numa loja de brinquedos que ainda os vendia  num pacote plastico com a carroça - foi bem barato. Depois, escolhi o que me interessava. O que não queria, comecei a cortar partes,  inspirado em customizações de outros. Em comum, cortei os bonés e troquei por chapéus de durepoxi.
A parte amarela de 2 usei linha de costura amarela e um pintei.
Um dos soldados é fruto de pedaços de outros 2. 
Por fim, pintei de base branca acrílica, deixei secar, depois tinta acrílica colorida e verniz brilhante. Eu, por questão de saúde só uso produtos à base de água.
Quanto a comprar mais soldados para customizar, ao que parece a Gulliver não mais vende os soldados à parte."

Bom, os Forte Apache da Gulliver ainda estão no mercado, então tem que comprar mesmo um inteiro e tirar as figuras. Falta realmente eles serem vendidos separadamente, de preferência em cores pastéis (índios) e azuis (soldados), como antigamente. 

Abaixo a fotos de alguns customizados do José Américo. Parabéns pelo trabalho.