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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PORQUE OS ÍNDIOS ESCALPELAVAM


          Escalpo é a parte superior do couro cabeludo. Escalpelar significa então retirar, normalmente a força, o topo do couro cabeludo, cabelo e pele.
          Basicamente há duas versões para a prática do escalpelamento entre brancos e  índios durante a colonização americana. Uma dá conta que o costume foi introduzido pelos mexicanos entre as tribos vizinhas e se alastrou posteriormente para o norte e oeste americano. Outra, mais fundamentada em pesquisas, mostra que o costume era adotado por várias tribos e posteriormente os brancos copiaram esta ação afim de terem  provas das mortes dos índios pelos caçadores.
          Segundo alguns historiadores, em muitas das tribos os homens usavam o cabelo de uma forma que facilitava a ação. Eles se referiam a esse tipo de cabelo, amarrado e trançado, como scalplock, onde acreditavam que a alma do guerreiro residia. Provavelmente por isso o escalpo era arrancado após a morte em combate, para que alma saísse do corpo e fosse para o mundo dos espíritos.
         De fato sabe-se que o costume foi assimilado pelos europeus com o passar do tempo e realmente utilizado como prova da morte dos índios pelos seus caçadores. Isso pode ter levado a banalização do costume pelos índios, que passaram a tirar o escalpo dos brancos e outros índios também.
          Há relatos que os escalpos eram também mandados à Europa para a confecção de peruca e que uma boa cabeleira poderia valer o equivalente a US$ 500,00. Outros dizem que um escalpo de um índio valia em média o equivalente a US$ 130,00 e de uma índia apenas US$ 50,00. 



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

NOVO FORTE DO JACSON

          O Jacson me encomendou um novo forte. Esse é maior, 60 cm de frete por 35 de largura. Ideal para colocar em cima de um balcão e montar um cenário. Aqui alguma fotos dele com as figuras que tenho para juntar à uma nova encomenda. São Britains da Redskorpio.


Resolvi colocar uma passarela por traz do portal.


Os portões abrem para fora ou para dentro, deixando ou não detalhes a vista.


Vista da batalha das figuras novas.


Detalhe do soldado do 7º da Britains Deetail argentino


Guarita.


Detalhe do quartel.


Detalhe do set.


Vista geral do forte (60 x 35 cm)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CUIDADO!!!!!!!!

Resolvi colocar este post para alertar sobre algumas figuras que estão sendo vendidas ou apresentadas em sites como Mercado Livre e outros voltados ao colecionismo. Tem gente vendendo cópia de figuras como se fossem originais. Muito cuidado. Recentemente pude observar, de um comprador, um cavalo do tipo  magrinho da Gulliver, Casablanca e Trol. Igualzinho, menos por um detalhe: não era vazado embaixo. Uma cópia perfeita, altamente detalhada, que foi apresentada como original.

ESTEIO, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

       Esteio, Rio Grande do Sul, está a 468 km de Florianópolis e é onde estou desde ontem. Vim aqui, de moto, para visitar o Marco Leandro, uma figura fantástica que tive o prazer de conhecer pessoalmente, embora já mantivesse contato com ele há anos.
     Eu e o Marco nos conhecemos através da internet, se não me engano, pelo sitio do Guazzelli, o Brinquedos do Faroeste. Desde muito o Marco sempre se interessou pelas figuras do velho oeste. No começo forneci alguns conjuntos Gulliver pra ele, daqueles dos tubos plásticos, dos quais ele transformava e pintava. Logo ele passou a fazer sets e vendê-los. Daí para a manufatura de figuras foi um passo. 
       O que era feito arcaicamente se transformou numa atividade altamente profissional. Foram anos de pesquisa para os materiais ideais para a fabricação de cowboys e outros bonequinhos. O que antes era feito em resina acrílica, logo passo a ser feito em polímeros mais resistentes. Hoje, com formas de materiais especiais (importados e de alto custo, por sinal), são moldadas figuras de uma resistência e qualidade que superam muitas originais. 
       Outro fator importante é a possibilidade de restauração, com fidelidade absoluta, de bonequinhos danificados. Vendo pessoalmente o trabalho dele é que pude ter a ideia exata do que é uma figura feita ou restaurada por ele. Se você tiver uma figura, destas raras tipo Casablanca, Trol, ou outra qualquer, mesmo uma peça partida, ele é capaz de reproduzir ou fazer igual. Só não fica melhor porque ele defende que tem que ser realmente próximo do original. 
       Outra preocupação é a pintura. Tem muita gente que se bate atrás de tintas como humbrol e outras. Se quebra todo pra importar e tal. Pois o Marco resolveu esse problema. As figuras dele saem pintadas com uma gama de cores a gosto do cliente, seja ela baseada em originais ou não, com ou sem brilho, sendo ou não semelhantes às antigas. O segredo dele? Bom, perguntem a ele, eu não vou revelar.
        Aproveitei minha estada aqui para lhe dar algumas dicas sobre armas de fogo dos tempos do velho oeste. Assim, creio que seus trabalhos poderão ficar ainda melhores. Afinal, figuras tão bonitas não servem somente para brincar. Elas são um espelho, seja em sets que retratam uma parte da história, um filme ou uma série de televisão. 


Adan Cartwrigth, do seriado Bonanza. Excelente acabamento de pintura.


  Cowboy (do Banquinho) Brigando já pintado.


Cowboy do Deserto em processo de pintura.

       Acima algumas fotos dos seu trabalhos. Detalhe: testamos algumas figuras e embora umas sejam mais resistentes do que as outras, a qualidade me surpreendeu. Até tiro de carabina de ar comprimido nós demos nelas. E  não morreram nem mocinhos, nem bandidos, nem soldados ou índios.


       

sábado, 8 de setembro de 2012

FEIRA DE PULGAS EM JOINVILLE


          Hoje fui a Joinville, SC para visitar a feira de pulgas que acontece na Estação da memória todo segundo sábado de cada mês. Além de ser um lugar histórico daquela cidade, é possível ver o trem passar por lá durante a manhã.
          Na feirinha há de tudo um pouco, mas apenas duas barracas com brinquedos, alguns antigos e outros não tanto. Especificamente fui lá para dar uma olhada nos artigos do Jacson, mas acabei me interessando bastante pelos itens que o Tadeu tem na barraca ao lado. Entre eles um forte da Comansi, feito na Espanha. Há também muitos carrinhos Machtbox e Hotweels, com exemplares bem antigos e outros raros, como um Opala duas portas no qual fiquei babando.
          Acabei me interessando também numas figuras (bonecos) Reansa (espanhóis), dos quais a Gulliver e Trol utilizaram alguns modelos para compor seus playsets. Não fechei negócio, mas eles estão nos planos futuros.
          De lá trouxe apenas um cowboy com laço, boneco muito legal que era parte da Fazenda Chaparral, se não me engano. Está em perfeito estado, apenas pintado nas cores vibrantes do nosso caro Jacson. Ainda não decidi se vou repintá-la um dia. O certo é que ficará assim por enquanto. De certeza mesmo ela vai para o set de fazenda que pretendo construir mais tarde.

Clique nas figuras para ampliar.
Fotos Solon Soares


 
Carrinhos da barraca do Tadeu.

 
Fort Grant, da Comansi (Espanha)

 
Fort Grant

 
Figuaras Reansa (Espanha)


 
Jacson (E) e eu.

 
Jacson e Tadeu.

 
 
Figura do cowboy laçador.

 
 
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

PERSONAGENS DO OESTE - JANE CALAMIDADE

         
 
 
          Martha Jane Cannary (Calamity Jane) nasceu em Princeton, Missouri, em 1 de maio de 1852. Seu pai era um fazendeiro e, segundo contam, sua mãe era uma mulher muito bela. No entanto, não faltam história sobre ela ser uma prostituta antes de se casar, o que era muito comum no oeste americano.
 
          Em 1865 a família decidiu emigrar para a Montana, em busca de ouro. Lá gastava a maior parte do tempo em companhia de homens, com quem se juntava para caçar. Depois foram para Virginia City, onde aprendeu a conduzir carroças e carruagens. Desde pequena fê-se notar por suas habilidades na condução destes veículos. Na época, essa era um profissão de homens somente. Sua mãe morreu em um campo de mineração em Blackfoot e seu pai morreu logo depois, em Salt Lake City.
 
          Em 1868, Jane juntou a uma gangue de construção construção da Union Pacific perto de Piedmont,   conhecido naqueles tempos como Território de Wyoming. Dois anos depois, ela foi recrutada pelo General George A. Custer como um olheiro do exército em Fort Russell. Jane afirmava que ela havia tomado parte nas guerras indígenas, e foi durante uma escaramuça que ela salvou a vida do Capitão Egan. Mais tarde, ela escreveu: "Coloquei-o no meu cavalo, na minha frente, e o conduzi em segurança para o Fort." O Capitão Egan na sua recuperação, teria dito sorrindo:" Nomeio Calamity Jane, a heroína das planícies''. Teria sido a partir daí que ela ganho o apelido de Jane Calamidade.
 
          Entretando, o historiador Dan L. Thrapp defende que não há registros de sua passagem pelo exército entre os anos de 1870 e 1876, período que ela afirma ter participado como olheiro. Jane ainda afirma na sua biografia (Vida e Aventuras de Calamity Jane - 1897), que em 1871 ela teria acompanhado Custer ao Arizona, embora não haja registros da passagem dele pelo território. Este dado pode estar errado se levarmos em consideração que ela teria, segundo seu livro, disfarçado-se de homem para a função.
 
          Quanto as habilidades como piloto e atiradora, são vários os registros e depoimentos que atestam o fato. Também são muitas as histórias sobre suas bebedeiras e sua maneira de vestir-se como homem, normalmente usando um traje de camurça. Ela teria trabalhado ainda como piloto do correio dos EUA entre Deadwood e Custer, em Dakota, num percurso de 50 milhas. Alí teria ganho boa reputação por fazer as viagens mais rápido que seu antecessores homens.
 
          A história ainda fala dela como uma prostituta desde muito cedo, chegada a bebedeira e que chamava seus homens comumente de maridos. Ao mesmo tempo que a descrevem como bêbada, desordeira e totalmente desprovida de qualquer concepção de moralidade, era tida por outros como generosa, tolerante, bondosa, sociável e acima de tudo corajosa, como um "leão ou o próprio diabo".
 
          Entre os homens que conheceu esteve Wild Bill Hickok, com quem disse ter tido um relacionamento amoroso. Segundo relatos de pessoas da época, e que conheciam ambos, isso não seria verdade. Existem, no entanto, muitas histórias sobre as visitas ao túmulo de Bill, assassinado em Deadwwod em em 1876. Se isso é verdade, provavelmente havia uma ligação muito forte entre os dois. Se era uma grande amizade ou um romance, isso se perdeu com o tempo.
 
          Segundo James D. McLaird, o autor de Calamity Jane: A Mulher e a Lenda (2005), durante o surto de varíola em Deadwood em 1878 Jane teria ajudado nos tratamentos enquanto as outras mulheres da cidade se recusavam. Durante semanas Jane teria cuidado de muitos doente, dia e noite. Um sobrevivente relatou que ela era a última a segurar a cabeça e administrar consolo o homem que estava prestes "a partir para o novo país."
          Em 1885 Calamity Jane casou com Clinton Burke. E dois anos depois, em 28 de outubro de 1887, deu à luz uma filha. O casamento acabou em 1895 e ela deixou sua filha no Convento de Santa Maria, em Sturgis. Calamity Jane voltou para a estrada. Em 1896, ela começa a aparecer nos palcos num show do do velho oeste intitulado "Calamity Jane! The Famous Woman Scout of the Wild West." No ano seguinte, publicou um pequeno panfleto, Vida e Aventuras de Calamity Jane.
          Martha Jane Cannary (Calamity Jane) morreu em Terry, Dakota do Sul em 1 de agosto de 1903 de "inflamação do intestino" e foi enterrada no Cemitério de Monte Moriá, Deadwood.
 
Fontes de pesquisa:
Life and Adventures of Calamity Jane (1897), autobiografia.
Calamity Jane: The Woman and the Legend - James D. McLaird  (2005).

domingo, 2 de setembro de 2012

A FACA BOWIE

          Para mim, três coisas são facilmente associadas ao velho oeste, o rifle Winchester, o revolver Colt Pacificador (Peacemaker) e a faca bowie, que ficou assim conhecida depois que James "Jim" Bowie duelou com o major Norris Wirght. Há provavelmente muitas versões para esta história, mas as duas principais são que Jim usou sua faca contra o major (que alguns dizem ser sheriff na época) ou a teria começado a usar após o duelo, pois saíra ferido e não podia usar armas de fogo.
          A verdade é que ela era um tipo de faca muito usada pelos desbravadores do oeste. Com um grande comprimento e pesada,ela era uma arma muio eficiente nos combates corpo a corpo. Além disso, podia ser usada como faca de caça e, caso fosse preciso, cortar madeira com ela.
          Existem hoje várias fábricas e cuteleiros que se dedicam a produzi-la. Até mesmo a nossa Tramontina já fez algumas versões dela.
 
 
 
O modelo antigo.
 
 
O modelo mais recente, ainda encontrado em algumas lojas.
 
               

PENSONAGENS DO OESTE - DEE BROWN

          Se você gosta do velho oeste tem que ler Dee Bown.

          Dorris Alexander Brown nasceu em Alberta, na Lousiana em 28 de fevereiro de1908. Seu pai era madeireiro. O gosto pelas histórias do velho oeste americano provavelmente se devem a seu avô que lhe falava sobre a guerra dos estados e a febre do ouro na Califórnia.
          Ele cresceu no Arkansas, Estudou no Arkansas State Teachers College e se tornou amigo de várias pessoas descendentes de índios americanos. Frequentou Universidade George Washington e a Universidade de Illinois, onde foi bibliotecário e recebeu a graduação de mestre e se tornou professou. Deu aulas de 1948 a 1972.
          Para sustentar-se, trabalhou como tipógrafo, jornalista e no Departamento Americano de Agricultura de 1934 a 1942. Depois de servir o exercito na Segunda Guerra Mundial, atuou no Departamento de Guerra.
          Sua carreira como escritor teve início em 1942, quando publicou o romance Wave high the banner. Seis anos depois, lançava seu primeiro livro histórico, Frighting Indians of the West. Os anos seguintes foram de intensa produção literária e histórica. Sua obra mais famosa, Bury My Heart at Wounded Knee (Enterrem meu coração na curva do rio), lançada em 1970, descreve a violenta relação entre índios americanos e desbravadores de terras.
          Em 1973, voltou ao Arkansas e passou a se dedicar à literatura. Brown escreveu diversos romances também para crianças.
          Brown faleceu aos 94 anos, em 12 de dezembro de 2002.

Leia:





NOVAS FIGURAS - CUSTER E SOLDADOS

          Chegaram esta semana as figuras que eu comprei nos E.U.A. da Battlefield Legends. São 6 bonecos 1/32 da Britais Deetail, um pouco menores do que os da Gulliver, mas que, na posição certa, passam despercebidos. Gosto dessas figuras porque são muito detalhados e a pintura é muito boa.
          Tive, entretanto, que fazer duas intervenções, realinhar as armas e as bases. Nas armas usei água quente, mergulhando e resfriando rapidamente onde estava torto. Eles vem normalmente em saquinhos que apertam desigualmente as pontas mais finas. Para as bases, alinhei a figura com durex e coloquei silicone embaixo para elas não mexerem mais. Para quem não sabe, essas peças tem uma base solta, onde se encaixam os bonecos.



 
 
         Para quem não conhece bem a história do Tenente-coronel George Armstrong   Custer, eis aqui um link interessante: